Saio pela manha, o sol está a nascer para mais uma maré de sentimentos, e as palavras tentam formar-se como coágulos congestionados numa poça de ar camuflada.
Solto o cabelo em sinal de desespero de pensamentos, penso em contar os passos para acalmar a pulsação, e na descontracção fingida do momento meto uma mão no bolso direito onde não há nada mais do que o medo desatento de errar mais uma vez. . .
E é assim todos os dias quando acordas comigo.
Quando me acordas atravessado no pensamento, destabilizando todos os pequenos escrúpulos que me restam de ti, todas as miniaturas de sonhos, que já foram novelas, que já foram cristais.