Saio de casa com a sensação de que todos me olham, de alto a baixo… de baixo acima…
Apontam-me uma madeixa fora do sitio, uma curva mal desenhada… um traço imperfeito…Especulam sobre o meu humor, tentam adivinhar o que vou dizer…
Toda a manhã decorre num silêncio mudo, numa brisa imperfeita…Afinal:
Quem me fala nas costas respeita-me a cara.
No virar de uma esquina, perder a cabeça e correr, correr sem me cansar… para longe, para o paraíso, para o céu, para o azul, para o perfeito.
Paro por final na cama, quando o sol já não faz sentido e com a melhor música de sempre constato que todo o respeito, toda a liberdade, todas as ambições que conquistei me deixam no meio de meras realidades… Observo, copio, recolho.
Não, não é a Sandra que é má, a realidade é que nem sempre tem um gosto agradável.
Tretas, quando passei no teste, a liberdade passou a ser minha.