Às vezes ainda sinto o som da tua voz a fazer um eco surdo por baixo dos cobetores,
Talvez ainda um medo frio a desvanescer, por saberes mais de mim do que eu.
Acredita suave cor de cabelo loiro, o medo desaparecia com os sorrisos de quem se sente bem.
Afinal depois de todo o tempo, não eras perfeita.
E não és.
E só o tempo me mostrou o quanto é irnónico o facto de sequer pensares em mim… Varreram-se as saudades, desapareceram pensamentos de importancia maior.
Não és perfeita doce caramelo, contudo continuo a amar-te como se me continuasses a conhecer bem, como da primeira vez que percebi que eras uma flor rara.
Não são saudades que falam, é apenas o desespero de nao permanecer calada,calada a esta indignaçao fingida de quem olha apenas para o seu nariz, calada com a tua voz a fazer eco surdo por baixo dos cobertores.
E o que os outros pensam, deixo-os eu pensar.